
Burnout e TDAH em Mulheres: Entenda a Conexão e Aprenda a se Proteger
Você se sente constantemente exausta, sobrecarregada e desmotivada? Se você é uma mulher com TDAH, pode estar em risco de burnout. Descubra por que isso acontece e como se proteger.
TDAH e Burnout em Mulheres: Uma Combinação Perigosa
O TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade) e o burnout (esgotamento profissional e pessoal) são duas condições que, infelizmente, podem andar de mãos dadas, especialmente em mulheres. Se você é uma mulher com TDAH, provavelmente já se sentiu sobrecarregada, exausta e com a sensação de que está sempre correndo atrás do prejuízo. Essa sensação constante de estar “no limite” pode aumentar significativamente o risco de desenvolver burnout.

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Mas o que é burnout, afinal? E por que as mulheres com TDAH são mais vulneráveis a ele? Vamos explorar essa conexão e, mais importante, descobrir o que você pode fazer para se proteger.
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O Que É Burnout? Um Esgotamento Físico, Emocional e Mental
O burnout não é apenas um “cansaço normal”. É um estado de esgotamento físico, emocional e mental causado por estresse crônico e prolongado. É como se a sua “bateria” interna tivesse se esgotado completamente, e você se sentisse incapaz de lidar com as demandas do dia a dia.

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Os principais sintomas do burnout incluem:
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Exaustão: Uma sensação constante de cansaço, falta de energia e esgotamento, que não melhora com o descanso. 
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Desânimo e desmotivação: Perda de interesse e prazer nas atividades que antes eram prazerosas, dificuldade de se sentir motivado e engajado. 
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Irritabilidade e impaciência: Sensação de estar sempre “no limite”, com reações emocionais exageradas e dificuldade de controlar os impulsos. 
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Dificuldade de concentração: Dificuldade em manter o foco, em se concentrar em tarefas e em tomar decisões. 
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Sentimentos de desesperança e desamparo: Sensação de que as coisas não vão melhorar, de que você não é capaz de lidar com os desafios e de que não há saída. 
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Isolamento social: Tendência a se afastar de amigos e familiares, preferindo ficar sozinho. 
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Problemas de saúde física: Dores de cabeça, dores musculares, problemas gastrointestinais, insônia e outros problemas de saúde podem ser sintomas de burnout. 
Por Que Mulheres com TDAH São Mais Vulneráveis ao Burnout?
As mulheres com TDAH enfrentam desafios únicos que as tornam mais vulneráveis ao burnout:
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Dupla jornada: Muitas mulheres com TDAH acumulam as responsabilidades do trabalho, da casa e da família, o que pode gerar uma sobrecarga física e mental. 
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Pressão social: As mulheres com TDAH muitas vezes se sentem pressionadas a se encaixar em padrões e expectativas sociais, o que pode aumentar o estresse e a ansiedade. 
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Sintomas do TDAH: A desatenção, a impulsividade, a hiperatividade e a dificuldade de organização, características do TDAH, podem tornar as tarefas do dia a dia mais difíceis e desgastantes. 
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Perfeccionismo: Muitas mulheres com TDAH são perfeccionistas e se cobram excessivamente, o que pode levar ao esgotamento. 
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Dificuldade em pedir ajuda: A sensação de ter que “dar conta de tudo” e o medo de ser julgada podem dificultar a busca por apoio. 
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Comorbidades: Muitas vezes o TDAH vem acompanhado de outros transtornos, que podem aumentar o risco de Burnout. 
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A Neurociência do Burnout e do TDAH: O Que Acontece no Cérebro?

O burnout e o TDAH compartilham algumas características em comum, e ambos podem afetar o funcionamento do cérebro de maneiras semelhantes:
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Desregulação do sistema nervoso: O estresse crônico causado pelo burnout pode desregular o sistema nervoso, levando a um estado de alerta constante e a uma dificuldade em relaxar. Isso pode piorar os sintomas de TDAH, como a hiperatividade e a impulsividade. 
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Alterações nos neurotransmissores: O burnout pode afetar os níveis de neurotransmissores importantes para o funcionamento cerebral, como a dopamina e a noradrenalina, que também estão envolvidos no TDAH. 
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Impacto nas funções executivas: O burnout pode prejudicar as funções executivas, como a atenção, a memória de trabalho, o planejamento e a organização, que já são desafiadoras para quem tem TDAH. 
Sinais de Alerta: Como Identificar o Burnout em Mulheres com TDAH
É importante estar atenta aos sinais de alerta do burnout, para buscar ajuda antes que a situação se agrave. Alguns sinais que podem indicar que você está caminhando para o esgotamento incluem:
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Cansaço constante: Você se sente cansada o tempo todo, mesmo depois de dormir. 
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Falta de motivação: Você perdeu o interesse pelas coisas que antes te davam prazer. 
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Irritabilidade: Você se irrita facilmente e tem dificuldade em controlar suas emoções. 
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Dificuldade de concentração: Você tem dificuldade em se concentrar nas tarefas e em tomar decisões. 
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Sentimento de sobrecarga: Você se sente sobrecarregada com as responsabilidades do dia a dia. 
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Isolamento: Você se afasta de amigos e familiares. 
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Problemas de saúde: Você começa a ter dores de cabeça, dores musculares, problemas gastrointestinais ou outros problemas de saúde. 
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Pensamentos negativos: Você tem pensamentos negativos sobre si mesma, sobre o futuro e sobre o mundo. 
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Se você se identifica com vários desses sinais, é importante buscar ajuda profissional. Um psicólogo, um psiquiatra ou outro profissional de saúde mental pode te ajudar a avaliar a situação, a identificar as causas do seu esgotamento e a desenvolver estratégias para lidar com ele.
EFT (Tapping): Uma Ferramenta para Aliviar o Estresse e a Sobrecarga
Uma técnica que pode ser útil para lidar com o estresse, a ansiedade e a sobrecarga emocional, comuns no burnout e no TDAH, é o EFT (Emotional Freedom Techniques), também conhecido como Tapping.
O EFT é uma técnica simples, que você pode aprender e praticar sozinha, e que combina elementos da acupuntura (sem agulhas!) com a psicologia. A ideia é que, ao tocar em pontos específicos do corpo (meridianos de energia) enquanto se concentra em uma emoção ou problema, você pode liberar bloqueios emocionais e reduzir o estresse.
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Como Fazer o EFT (Tapping):
- Identifique o problema: Pense no que está te causando estresse, ansiedade ou sobrecarga.
- Avalie a intensidade: Em uma escala de 0 a 10, qual a intensidade dessa emoção ou sensação?
- Crie uma frase: Crie uma frase que reconheça o problema e expresse autoaceitação. Exemplo: “Mesmo que eu esteja me sentindo sobrecarregada e exausta, eu me amo e me aceito profunda e completamente.”
- Sequência de tapping: Toque suavemente nos seguintes pontos do corpo, enquanto repete a frase (ou uma versão mais curta dela):
- Ponto do caratê: A lateral da mão, logo abaixo do dedo mínimo.
- Topo da cabeça.
- Início da sobrancelha.
- Lado do olho.
- Embaixo do olho.
- Embaixo do nariz.
- Queixo.
- Clavícula.
- Embaixo do braço.
- Respiração: Respire profundamente e de forma consciente durante todo o processo.
- Reavalie a intensidade: Após uma rodada de tapping, avalie novamente a intensidade da emoção ou sensação. Se necessário, repita a sequência.
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Existem muitos vídeos e tutoriais online que ensinam a técnica do EFT. É uma ferramenta simples, mas que pode trazer alívio e bem-estar.
Autocuidado: Um Pilar Fundamental na Prevenção do Burnout

Além do EFT, existem outras estratégias de autocuidado que podem te ajudar a prevenir o burnout e a construir uma vida mais equilibrada:
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Priorize o sono: O sono de qualidade é fundamental para a saúde física e mental. Tente dormir pelo menos 7-8 horas por noite. 
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Alimente-se de forma saudável: Uma dieta equilibrada, rica em nutrientes, pode te dar mais energia e disposição. 
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Faça atividade física regularmente: O exercício físico libera endorfinas, que melhoram o humor e reduzem o estresse. 
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Aprenda a dizer não: Não se sobrecarregue com compromissos e tarefas. Aprenda a dizer não e a estabelecer limites. 
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Reserve tempo para você: Faça coisas que te dão prazer e te relaxam, como ler, ouvir música, passar tempo com amigos e familiares, ou simplesmente não fazer nada. 
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Pratique a gratidão: Agradeça pelas coisas boas da sua vida. A gratidão pode te ajudar a ter uma perspectiva mais positiva e a lidar melhor com os desafios. 
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Busque apoio: Não tenha medo de pedir ajuda se precisar. Converse com amigos, familiares, ou procure um profissional de saúde mental. 
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Conclusão: Construindo uma Vida Mais Equilibrada e Feliz
O burnout é um problema sério, que pode afetar a saúde física e mental de qualquer pessoa, especialmente de mulheres com TDAH. Mas, ao entendermos a conexão entre o TDAH e o esgotamento, e ao adotarmos estratégias de autocuidado e prevenção, podemos construir uma vida mais equilibrada, feliz e com mais qualidade.
Lembre-se: você não precisa dar conta de tudo sozinha. Peça ajuda, estabeleça limites, cuide de você e construa uma vida que te traga alegria e bem-estar.
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FAQ – Burnout e TDAH em Mulheres: O Que Você Precisa Saber

Sou Jeferson Magno Amorim Manini, graduando em Psicologia e apaixonado por neurociência, pesquisa e conhecimento. Minha jornada acadêmica e profissional me levou a explorar profundamente o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), não apenas como um tema de estudo, mas como uma realidade que impacta milhões de pessoas.
Foi dessa paixão que nasceu o TDAH.World, um espaço criado para informar, apoiar e conectar pessoas com TDAH. Meu objetivo é traduzir informações complexas em conteúdos acessíveis, sem perder a profundidade científica, para que mais pessoas possam entender e lidar melhor com os desafios – e também as potencialidades – do TDAH.
Acredito que conhecimento bem aplicado pode transformar vidas, e é isso que me motiva a continuar estudando, escrevendo e compartilhando insights sobre neurociência, saúde mental e desempenho cognitivo. Se você chegou até aqui, espero que encontre neste espaço algo que faça sentido para você!
