
Um Guia Completo para o melhor tratamento do TDAH em adultos
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TDAH em Adultos: Um Desafio Real, Muitas Opções de Tratamento
O TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade) não é apenas um transtorno da infância. Muitos adultos convivem com os desafios da desatenção, da impulsividade e da hiperatividade, que podem afetar o trabalho, os relacionamentos e a qualidade de vida. Felizmente, existem diversas opções de tratamento disponíveis, desde medicamentos até terapias e técnicas de neuroestimulação. Mas qual tratamento é o mais eficaz? Qual é o mais adequado para cada pessoa?
Um estudo científico abrangente, publicado na renomada revista “The Lancet Psychiatry”, buscou responder a essas perguntas, comparando a eficácia e a aceitabilidade de diferentes tratamentos para o TDAH em adultos. Os resultados dessa pesquisa nos oferecem um guia valioso para escolher o melhor caminho para o bem-estar e o sucesso.
A Pesquisa: Uma Análise Abrangente dos Tratamentos para TDAH
Para comparar os diferentes tratamentos para o TDAH em adultos, os pesquisadores realizaram uma revisão sistemática e meta-análise de rede de componentes. Isso significa que eles reuniram e analisaram os dados de 113 estudos científicos, que incluíram mais de 14 mil participantes! É como se eles tivessem feito um “super estudo” para ter uma visão mais completa e precisa sobre o tema.
Os estudos analisados investigaram diferentes tipos de tratamento:
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Medicamentos: Estimulantes (como metilfenidato e anfetaminas) e não estimulantes (como atomoxetina, bupropiona e guanfacina).
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Terapias psicológicas: Terapia cognitivo-comportamental (TCC), terapia dialética comportamental (DBT), mindfulness e outras abordagens.
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Neuroestimulação: Estimulação magnética transcraniana (TMS) e estimulação transcraniana por corrente contínua (tDCS).
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Placebo: Tratamento inativo, usado como comparação.
Os pesquisadores avaliaram a eficácia dos tratamentos na redução dos sintomas principais do TDAH (desatenção, hiperatividade e impulsividade), tanto a curto prazo (12 semanas) quanto a longo prazo (26 e 52 semanas). Além disso, eles analisaram a aceitabilidade dos tratamentos (se os pacientes continuavam ou não o tratamento) e a tolerabilidade (se os pacientes abandonavam o tratamento devido a efeitos colaterais).
Os Resultados: O Que a Ciência Nos Diz Sobre os Tratamentos para TDAH
Os resultados da pesquisa trouxeram informações importantes sobre a eficácia e a aceitabilidade dos diferentes tratamentos para o TDAH em adultos:
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A curto prazo (12 semanas):
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Estimulantes: Os medicamentos estimulantes se mostraram os mais eficazes na redução dos sintomas do TDAH, tanto na avaliação dos próprios pacientes quanto na avaliação dos médicos.
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Atomoxetina: A atomoxetina, um medicamento não estimulante, também se mostrou eficaz, mas um pouco menos do que os estimulantes.
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Terapias psicológicas: Algumas terapias, como a TCC, a DBT, a terapia de relaxamento, o mindfulness e a neuroestimulação, foram mais eficazes do que o placebo na redução dos sintomas do TDAH, segundo a avaliação dos médicos. No entanto, não houve diferença significativa quando os próprios pacientes avaliaram os sintomas.
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Aceitabilidade: Os estimulantes foram, de modo geral, bem aceitos pelos pacientes. No entanto, a atomoxetina e a guanfacina foram menos aceitas do que o placebo, ou seja, mais pessoas abandonaram o tratamento com esses medicamentos.
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A longo prazo (26 e 52 semanas):
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Estimulantes: Os estimulantes continuaram sendo eficazes na redução dos sintomas do TDAH a longo prazo.
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Terapias psicológicas: Algumas terapias, como a TCC, o mindfulness e a terapia de relaxamento, também mostraram eficácia a longo prazo, mas apenas na avaliação dos médicos.
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Menos dados: Havia poucos dados disponíveis sobre os efeitos dos tratamentos a longo prazo, o que limita as conclusões que podemos tirar.
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O Que Isso Significa para Você: Escolhendo o Melhor Tratamento
Esses resultados nos mostram que:
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Os estimulantes são, em geral, a primeira opção: Os medicamentos estimulantes continuam sendo a primeira linha de tratamento para o TDAH em adultos, devido à sua alta eficácia e boa aceitabilidade.
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A atomoxetina pode ser uma alternativa: Para quem não pode usar estimulantes ou prefere um tratamento não estimulante, a atomoxetina pode ser uma opção eficaz.
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As terapias podem complementar o tratamento: As terapias psicológicas, como a TCC, podem ser úteis para complementar o tratamento medicamentoso, ajudando a pessoa a desenvolver habilidades para lidar com os desafios do TDAH.
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É preciso mais pesquisas: Precisamos de mais estudos, especialmente sobre os efeitos a longo prazo dos tratamentos e sobre as terapias não medicamentosas.
É importante lembrar que a escolha do tratamento ideal para o TDAH deve ser feita em conjunto com o médico, levando em consideração as necessidades, as preferências e as características de cada pessoa.
Além dos Sintomas Principais: Outros Aspectos Importantes
O estudo também analisou o impacto dos tratamentos em outros aspectos da vida das pessoas com TDAH, como a regulação emocional, o funcionamento executivo e a qualidade de vida. Os resultados mostraram que:
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Estimulantes e regulação emocional: Os estimulantes podem ajudar a melhorar a regulação emocional, reduzindo a intensidade das emoções e a impulsividade.
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Terapias e funções executivas: As terapias psicológicas não se mostraram eficazes para melhorar as funções executivas (como planejamento, organização e memória de trabalho) no estudo.
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Qualidade de vida: Os estudos analisados não encontraram evidências de que os tratamentos melhorassem significativamente a qualidade de vida das pessoas com TDAH.
Esses resultados nos mostram que o tratamento do TDAH deve ir além do controle dos sintomas principais, buscando também melhorar a regulação emocional, as funções executivas e a qualidade de vida da pessoa.

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Limitações e Próximos Passos: O Que Ainda Precisamos Saber
É importante ressaltar que o estudo apresenta algumas limitações:
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Poucos dados a longo prazo: A maioria dos estudos analisados acompanhou os pacientes por um período relativamente curto (12 semanas). Precisamos de mais pesquisas que avaliem os efeitos dos tratamentos a longo prazo.
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Falta de informações sobre alguns tratamentos: Havia poucos dados sobre alguns tratamentos não medicamentosos, como a terapia dialética comportamental, o que limita as conclusões que podemos tirar sobre a eficácia dessas abordagens.
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Diferenças entre os estudos: Os estudos analisados utilizaram diferentes métodos, diferentes doses de medicamentos e diferentes formas de avaliar os resultados, o que torna difícil comparar os resultados entre eles.
Apesar dessas limitações, o estudo nos oferece um panorama abrangente e atualizado sobre a eficácia e a aceitabilidade dos diferentes tratamentos para o TDAH em adultos, e nos ajuda a tomar decisões mais informadas sobre o cuidado com a saúde.
Para complementar os seus estudos, confira nosso artigo: TDAH e a Alta Inteligência: Desvendando a Complexa Relação Entre Mente Brilhante e Desafios da Atenção” [inserir link].
Conclusão: Um Guia para o Tratamento do TDAH em Adultos, com Base na Ciência
O estudo que exploramos neste post nos oferece um guia valioso para o tratamento do TDAH em adultos, com base nas últimas descobertas da ciência. Os resultados mostram que existem diferentes opções de tratamento disponíveis, cada uma com seus pontos fortes e fracos, e que a escolha do tratamento ideal deve ser individualizada, levando em consideração as necessidades e características de cada pessoa.
Lembre-se: o TDAH não é uma sentença, mas sim um desafio que pode ser superado com o tratamento adequado, o apoio profissional e a busca por um estilo de vida saudável. Ao nos informarmos, buscarmos ajuda e nos cuidarmos, podemos construir um futuro com mais bem-estar, qualidade de vida e realizações.
Referências
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Autor: Edoardo G Ostinelli, MD
Fonte: The Lancet Psychiatry
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Sou Jeferson Magno Amorim Manini, graduando em Psicologia e apaixonado por neurociência, pesquisa e conhecimento. Minha jornada acadêmica e profissional me levou a explorar profundamente o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), não apenas como um tema de estudo, mas como uma realidade que impacta milhões de pessoas.
Foi dessa paixão que nasceu o TDAH.World, um espaço criado para informar, apoiar e conectar pessoas com TDAH. Meu objetivo é traduzir informações complexas em conteúdos acessíveis, sem perder a profundidade científica, para que mais pessoas possam entender e lidar melhor com os desafios – e também as potencialidades – do TDAH.
Acredito que conhecimento bem aplicado pode transformar vidas, e é isso que me motiva a continuar estudando, escrevendo e compartilhando insights sobre neurociência, saúde mental e desempenho cognitivo. Se você chegou até aqui, espero que encontre neste espaço algo que faça sentido para você!