Música para Focar no TDAH? Estudo Revela Qual Tipo Pode Ajudar (e Como!)

Música para Focar no TDAH? Estudo Revela Qual Tipo Pode Ajudar (e Como!)

Que tipo de música ajuda a concentração no TDAH? Estudo mostra que música "estimulante", com variações rápidas de volume, melhora o foco em quem tem mais sintomas de TDAH. Entenda a ciência!

Usar música de fundo para estudar ou trabalhar é um hábito comum para muita gente. Alguns colocam os fones para se isolar do barulho, outros para ter uma “trilha sonora” que ajude a manter o ritmo. Mas será que isso realmente funciona para melhorar a atenção, especialmente para quem tem TDAH e uma mente que adora passear por aí? E mais: será que qualquer música serve, ou existe um tipo específico que pode ser mais benéfico?

Cientistas (Woods et al., 2021) decidiram investigar a fundo essa questão, focando em como diferentes propriedades da música poderiam afetar pessoas com variados níveis de dificuldade de atenção, incluindo aquelas com mais sintomas de TDAH.

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O Que é Essa “Música Estimulante”?

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Fig. 1 | Acoustic analyses of auditory stimuli used in Experiments 1-3

No estudo, os pesquisadores compararam o efeito de três tipos de som de fundo:

  1. Música Estimulante (AM+Music): Era uma música que tinha modulações rápidas de amplitude. Pense nisso como variações rápidas na intensidade ou “volume” percebido da música, criando uma sensação mais dinâmica e, possivelmente, mais “alertante” para o cérebro.

  2. Música Controle (Control-Music): Uma música com modulações de amplitude mais lentas, soando mais calma e menos “agitada”.

  3. Ruído Rosa (Pink Noise): Um tipo de ruído constante, muitas vezes usado para mascarar outros sons ou para ajudar na concentração (diferente do ruído branco, ele tem mais energia nas frequências mais baixas).

A ideia era ver se a música mais “estimulante”, com essas variações rápidas, teria um efeito diferente na atenção.

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Os Experimentos: Música, Atenção e o Cérebro

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Fig. 2 | Stimulus valence and arousal ratings and performance over time in the Sustained Attention to Response Task (SART).

Os pesquisadores realizaram uma série de experimentos:

  • Teste de Atenção (Comportamental): Pessoas com diferentes níveis de sintomas de TDAH (medidos por um questionário chamado ASRS) realizaram uma tarefa que exigia atenção sustentada (o SART, onde precisavam responder a certos estímulos e não a outros) enquanto ouviam os diferentes tipos de som.

  • O Cérebro em Ação (fMRI): Usaram ressonância magnética funcional para ver quais áreas do cérebro ficavam mais ativas enquanto os participantes faziam a tarefa ouvindo as músicas.

  • Ritmos Cerebrais (EEG): Usaram eletroencefalograma para medir como as ondas cerebrais dos participantes “sincronizavam” com os ritmos da música.

  • Ajustando a Música (Manipulação Paramétrica): Em um experimento final, eles pegaram uma mesma música e alteraram digitalmente a velocidade e a “profundidade” dessas modulações de amplitude para ver qual tipo específico era mais eficaz.

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Descobertas Incríveis: Música Estimulante Ajuda Quem Tem Mais Dificuldade de Atenção!

Os resultados foram muito interessantes e podem trazer esperança para quem busca ferramentas para lidar com o TDAH:

  1. Melhora no Desempenho: Pessoas com mais sintomas de TDAH (grupo “high-ASRS”) tiveram uma melhora no desempenho da tarefa de atenção sustentada ao longo do tempo quando ouviam a Música Estimulante (AM+Music). Com a música controle, isso não aconteceu. Já o grupo com menos sintomas de TDAH mostrou uma melhora com a música controle, mas não com a estimulante. Isso sugere que o tipo de música ideal pode depender do seu nível de dificuldade de atenção!

  2. Cérebro Mais Ativo (nas Redes Certas!): No fMRI, a Música Estimulante ativou mais amplamente o cérebro. E, crucialmente, no grupo com mais sintomas de TDAH, essa música provocou maior atividade em redes cerebrais importantes para a atenção e para detectar eventos salientes (como a rede de saliência, envolvendo a ínsula e o córtex cingulado anterior).

  3. Cérebro “Dançando Conforme a Música”: O EEG mostrou que o cérebro das pessoas com mais sintomas de TDAH apresentou uma maior “sincronia” ou “acoplamento” com os ritmos da Música Estimulante, especialmente em frequências mais altas. Essa sincronia também aumentava ao longo do tempo, acompanhando a melhora no desempenho.

  4. Ritmos Específicos Fazem a Diferença: No experimento final, quando manipularam as modulações, descobriram que modulações na faixa beta (ao redor de 16Hz) foram as que mais ajudaram no desempenho das pessoas com mais sintomas de TDAH, em comparação com modulações mais lentas (8Hz) ou mais rápidas (32Hz).

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Por Que a Música Estimulante Pode Ajudar no TDAH?

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Fig. 3 | Resultados de fMRI comparando AM+Música, Controle-Música e Ruído Rosa durante a Tarefa de Atenção Sustentada à Resposta (SART)

Os cientistas acreditam que isso pode ter a ver com algumas teorias:

  • Teoria da Estimulação Ótima: Pessoas com TDAH podem ter um nível de alerta cerebral (“arousal”) um pouco mais baixo. A música estimulante funcionaria como um “empurrãozinho” externo, ajudando o cérebro a atingir um nível de excitação ideal para focar e realizar tarefas.

  • Sincronização das Ondas Cerebrais: As modulações rítmicas da música podem ajudar a “guiar” ou “arrastar” as ondas cerebrais para padrões mais associados ao foco e à atenção (como as ondas beta). O TDAH muitas vezes está associado a padrões de ondas cerebrais atípicos, e a música poderia ajudar a “normalizar” isso temporariamente.

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Então, Qual Playlist Colocar para Estudar ou Trabalhar?

Calma! Embora os resultados sejam animadores, é importante ter em mente:

  • Pesquisa em Andamento: Este é um campo de estudo. Não significa que qualquer música “agitada” vá funcionar. As características específicas da modulação de amplitude parecem ser cruciais.

  • Individualidade Sempre: O que é “estimulante” para um pode ser “distrativo” para outro. A preferência pessoal e a familiaridade com a música também influenciam.

  • Não é Cura, é Apoio: A música pode ser uma ferramenta de apoio, mas não substitui tratamentos médicos ou terapêuticos para o TDAH.

  • Experimente com Consciência: Se você tem TDAH e usa música para focar, preste atenção:

    • Que tipo de música parece te ajudar mais? Músicas com um ritmo claro e variações de intensidade? Ou algo mais linear e calmo?

    • Observe se a música realmente melhora seu foco ou se acaba se tornando mais uma distração.

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Conclusão: Uma Nova Melodia de Esperança para o Foco no TDAH

Este estudo é empolgante porque sugere que não é apenas se usamos música, mas que tipo de música usamos que pode fazer a diferença para a atenção, especialmente para quem tem TDAH. A ideia de que podemos “ajustar” as propriedades acústicas da música para ajudar o cérebro a focar melhor abre portas para futuras pesquisas e, quem sabe, para o desenvolvimento de ferramentas musicais personalizadas.

Por enquanto, a melhor dica é continuar explorando o que funciona para você. Se a música te ajuda a navegar pelos desafios do TDAH, encontre seu ritmo e siga em frente!

Importante: As informações neste post são baseadas em pesquisa científica. Se você tem TDAH, converse com seu médico ou terapeuta sobre as melhores estratégias de tratamento e manejo para o seu caso.

FAQ – Música para Focar no TDAH: O que a Ciência Revela?

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