Tecnologia e TDAH: Aliada ou Vilã para Aprender Palavras (em Qualquer Língua)?

Tecnologia e TDAH: Aliada ou Vilã para Aprender Palavras (em Qualquer Língua)?

A tecnologia ajuda ou atrapalha crianças com TDAH a aprender vocabulário? Entenda os desafios (sobrecarga, atenção dividida) e as oportunidades (ferramentas estratégicas) para não perder palavras!

A tecnologia invadiu as salas de aula e os momentos de estudo, prometendo um aprendizado mais interativo e personalizado. Para crianças e jovens com TDAH, as ferramentas digitais parecem oferecer um mundo de possibilidades. Mas, quando o assunto é aprender e, principalmente, manter o vocabulário (seja na nossa língua materna, a L1, ou em uma segunda língua, a L2), será que a tecnologia é sempre uma amiga?

Um estudo teórico recente mergulhou nessa questão, explorando como o uso da tecnologia pode impactar o desenvolvimento cognitivo e levar à “atrição lexical” – nome chique para a perda gradual de vocabulário – em estudantes mais jovens com TDAH. A pesquisa não só aponta os desafios, mas também as oportunidades de virar o jogo!

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O Desafio: Por Que Palavras “Somem” da Cabeça de Quem Tem TDAH?

Quem tem TDAH ou convive com alguém que tem, sabe que a atenção pode ser fragmentada e a memória de trabalho (aquela que usamos para guardar informações enquanto fazemos algo) pode ter seus limites. Esses são aspectos cognitivos que o TDAH influencia diretamente.

O estudo destaca que, para aprender e fixar novas palavras, precisamos de:

O problema é que muitas ferramentas e ambientes digitais, com seus múltiplos estímulos, notificações e a tentação do “multitasking” (fazer várias coisas ao mesmo tempo), podem:

  1. Exacerbar a Sobrecarga Cognitiva: O cérebro com TDAH já pode ter dificuldade em filtrar informações. Um ambiente digital caótico pode sobrecarregar ainda mais a memória de trabalho, dificultando o aprendizado de novas palavras.

  2. Fragmentar a Atenção: Pular de um aplicativo para outro, de um vídeo para um jogo, impede o foco necessário para que o vocabulário seja realmente absorvido.

  3. Promover Interações Superficiais: Muitas vezes, a linguagem usada em redes sociais ou jogos é rápida e informal, não incentivando a prática e o reforço de vocabulário mais complexo ou académico.

Resultado? As palavras, tanto da língua materna (L1) quanto de uma segunda língua (L2), podem ser aprendidas momentaneamente, mas acabam “escorregando” da memória com o tempo – a tal da atrição lexical.

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Entendendo a Interação: O Modelo CBTI

Para explicar melhor essa dinâmica, os pesquisadores propuseram um modelo chamado “Cognitive-Behavioral Technology Interaction (CBTI) Framework”. De forma simples, esse modelo junta ideias de diferentes teorias da cognição (como a Teoria da Carga Cognitiva, a Teoria do Monitor de Krashen e o Modelo da Memória de Trabalho) para mostrar:

  • Como as características do TDAH (dificuldades na memória de trabalho, controle da atenção) interagem com as características da tecnologia (multitarefa, estímulos rápidos).

  • E como essa interação afeta a capacidade do estudante de aprender, monitorar o próprio aprendizado e reter vocabulário.

A Virada de Jogo: Tecnologia como Ferramenta de Apoio!

Mas nem tudo são espinhos! O estudo também aponta que a tecnologia, se usada de forma estratégica e estruturada, pode ser uma grande aliada para estudantes com TDAH. Como?

  • Sistemas de Repetição Espaçada (SRS): Sabe aqueles aplicativos que te mostram uma palavra nova e depois a reapresentam em intervalos de tempo calculados, bem na hora que você estaria quase esquecendo? Isso é repetição espaçada! Essa técnica é ótima para a memória de trabalho de quem tem TDAH, pois:

    • Reduz a sobrecarga cognitiva (você foca em poucas palavras por vez).

    • Garante o reengajamento consistente, evitando que a palavra se perca.

    • Muitos SRS são “gamificados” (com pontos, recompensas), o que pode ser super motivador!

  • Ambientes de Aprendizagem Focados e Sem Distração: Ferramentas que bloqueiam notificações ou que são desenhadas para uma única tarefa por vez podem ajudar o estudante com TDAH a manter o foco no aprendizado do vocabulário.

  • Prática Deliberada e Estruturada: A tecnologia pode oferecer exercícios de escrita, discussões monitoradas ou atividades que exijam o uso ativo e consciente das palavras, ajudando a fixá-las.

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O Que Podemos Fazer?

A pesquisa reforça a necessidade de uma abordagem mais consciente e direcionada ao uso da tecnologia na educação de jovens com TDAH:

  • Para Educadores e Desenvolvedores: É crucial criar e implementar ferramentas digitais que sejam “amigas do TDAH” – com menos distrações, mais estrutura e que utilizem princípios como a repetição espaçada.

  • Para Pais: Ajudem a criar rotinas de estudo que incluam o uso focado da tecnologia para aprendizado, limitando o tempo em ambientes digitais mais caóticos e que incentivem o multitasking.

  • Para Estudantes: Busquem conhecer as ferramentas que funcionam melhor para vocês! Aplicativos de SRS (como Anki ou Quizlet, por exemplo) podem ser grandes aliados para o vocabulário. Tentem focar em uma tarefa por vez.

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Conclusão: Tecnologia Consciente para um Vocabulário Forte!

A tecnologia não é inerentemente boa ou má para o aprendizado de vocabulário em jovens com TDAH. O que este estudo teórico nos mostra é que o design da tecnologia e a forma como a utilizamos são cruciais.

Quando usada de maneira estratégica, minimizando a sobrecarga cognitiva e as distrações, e focando em reforço e prática deliberada, a tecnologia pode sim ser uma poderosa ferramenta para ajudar estudantes com TDAH a construir e manter um vocabulário rico, tanto na sua língua materna quanto em novas línguas. O segredo está na estrutura e na intenção!

Importante: Este texto é informativo e baseado em um artigo teórico. Se você ou seu filho(a) têm TDAH e enfrentam dificuldades no aprendizado, procure orientação de profissionais da educação e da saúde.

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