
TDAH e Qualidade de Vida: Como o Tratamento (ou a Falta Dele) Impacta o Bem-Estar
Descubra como o TDAH se manifesta em adultos mexicanos, quais os transtornos mais comuns associados a ele e como isso afeta a vida no trabalho, nas relações e no bem-estar.
TDAH: Muito Mais do Que Apenas Desatenção e Hiperatividade
O TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade) é conhecido por seus sintomas principais: desatenção, hiperatividade e impulsividade. Mas o impacto do Transtorno de vai muito além desses sintomas. Ele pode afetar a forma como a criança se sente, como ela se relaciona com os outros, como ela se vê e até mesmo como ela lida com a escola.

Em outras palavras, o Transtorno pode afetar a qualidade de vida da criança e do adolescente. Mas o que exatamente significa “qualidade de vida”? E como o tratamento (ou a falta dele) pode influenciar essa qualidade de vida? Um estudo espanhol se aprofundou nessas questões, e os resultados trazem informações valiosas para pais, educadores e profissionais de saúde.
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O Estudo: Medindo a Qualidade de Vida em Crianças com Déficit de Atenção e Hiperatividade
Os pesquisadores espanhóis queriam entender como o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade afeta a qualidade de vida de crianças e adolescentes. Para isso, eles convidaram 228 participantes, com idades entre 8 e 14 anos, divididos em três grupos:
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Grupo TDAH-T: Crianças e adolescentes com TDAH que estavam em tratamento com metilfenidato (um medicamento estimulante). 
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Grupo TDAH-N: Crianças e adolescentes com TDAH que não estavam em tratamento farmacológico. 
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Grupo Controle: Crianças e adolescentes sem TDAH. 
Para medir a qualidade de vida, eles usaram um questionário chamado KIDSCREEN-52, que foi respondido pelos pais. Esse questionário avalia 10 dimensões diferentes da qualidade de vida:
- Bem-estar físico: Como a criança se sente fisicamente (energia, disposição, etc.).
- Bem-estar psicológico: Como a criança se sente emocionalmente (feliz, triste, etc.).
- Humor e emoções: Como a criança lida com suas emoções (irritabilidade, ansiedade, etc.).
- Autopercepção: Como a criança se vê (autoestima, confiança, etc.).
- Autonomia: Como a criança se sente em relação à sua independência e capacidade de tomar decisões.
- Relação com os pais: Como é o relacionamento da criança com os pais.
- Relação com os amigos: Como a criança se relaciona com os amigos e colegas.
- Ambiente escolar: Como a criança se sente em relação à escola e ao aprendizado.
- Aceitação social: Como a criança se sente aceita pelos outros.
- Recursos financeiros: Como a criança se sente em relação à situação financeira da família.
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Os Resultados: Déficit de Atenção e Hiperatividadee Qualidade de Vida, um Impacto Significativo
Os resultados do estudo mostraram que:
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TDAH afeta a qualidade de vida: As crianças e adolescentes com TDAH, tanto os tratados quanto os não tratados, apresentaram uma qualidade de vida pior do que as crianças do grupo controle, em quase todas as dimensões avaliadas. 
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O tratamento faz diferença: As crianças e adolescentes com TDAH que estavam em tratamento com metilfenidato (TDAH-T) tiveram uma qualidade de vida melhor do que aqueles que não estavam em tratamento (TDAH-N), principalmente em relação ao ambiente escolar. 
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Mas o tratamento não resolve tudo: Apesar da melhora em alguns aspectos, o grupo TDAH-T ainda apresentava uma qualidade de vida inferior à do grupo controle em várias dimensões. 
O Que Isso Significa? Uma Reflexão Sobre o Tratamento do Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade
Esses resultados nos levam a algumas reflexões importantes:
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O TDAH tem um impacto amplo: O TDAH não afeta apenas a atenção e o comportamento, mas também a qualidade de vida da criança e do adolescente como um todo. 
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O tratamento é fundamental: O tratamento com medicação pode trazer melhorias, mas é importante lembrar que ele não é uma “cura milagrosa”. 
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Uma abordagem multidimensional é necessária: O tratamento do TDAH deve ir além da medicação, buscando melhorar a qualidade de vida da criança em todas as áreas (bem-estar físico e emocional, relacionamentos, desempenho escolar, etc.). 
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O Que Fazer? Estratégias para Melhorar a Qualidade de Vida
Diante desse cenário, o que pais, educadores e profissionais de saúde podem fazer para melhorar a qualidade de vida de crianças e adolescentes com Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade?
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Buscar um diagnóstico preciso: O primeiro passo é buscar um diagnóstico preciso, com um profissional qualificado, para entender as necessidades específicas da criança. 
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Tratamento individualizado: O tratamento deve ser individualizado, levando em consideração os sintomas da criança, suas comorbidades, seu contexto familiar e escolar, e suas preferências. 
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Medicação: A medicação pode ser uma ferramenta importante para controlar os sintomas do TDAH, mas deve ser usada com acompanhamento médico regular. 
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Terapia: A terapia cognitivo-comportamental (TCC) e outras abordagens terapêuticas podem ajudar a criança a desenvolver habilidades para lidar com os desafios do TDAH, a melhorar a autoestima e a construir relacionamentos saudáveis. 
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Apoio familiar: O apoio e a compreensão da família são fundamentais para o sucesso do tratamento. Os pais podem aprender estratégias para lidar com os comportamentos desafiadores da criança, para promover um ambiente familiar positivo e para incentivar o desenvolvimento de habilidades sociais e emocionais. 
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Apoio escolar: A escola também pode oferecer apoio, adaptando as atividades e as avaliações, oferecendo um ambiente de aprendizado mais estruturado e promovendo a inclusão da criança. 
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Atividade física: A prática regular de atividade física pode ajudar a reduzir os sintomas do TDAH, a melhorar o humor, a aumentar a energia e a promover o bem-estar geral. 
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Alimentação saudável: Uma alimentação equilibrada, rica em nutrientes e pobre em alimentos processados, pode contribuir para a saúde do cérebro e para o controle dos sintomas do TDAH. 
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Sono: O sono é fundamental para a concentração e o controle do humor. 
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Conclusão: Um Olhar Abrangente para o Déficit de Atenção e Hiperatividade e a Qualidade de Vida
O estudo que analisamos neste post nos mostra que o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade tem um impacto significativo na qualidade de vida de crianças e adolescentes, e que o tratamento, embora importante, não resolve todos os problemas.
É fundamental que pais, educadores e profissionais de saúde tenham um olhar abrangente sobre o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade, buscando não apenas controlar os sintomas, mas também promover o bem-estar da criança em todas as áreas da vida.
Ao investirmos em abordagens terapêuticas multidimensionais, que incluam a medicação, a terapia, o apoio familiar e escolar, a atividade física e a alimentação saudável, podemos construir um futuro com mais qualidade de vida, inclusão e oportunidades para as pessoas com Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade.
- Referências
- Saiba mais
Autor: Palacios CL
Fonte: Science direct
Pesquisa Original : Acesso aberto
“Calidad de vida relacionada con la salud en casos de trastorno por déficit de atención con hiperactividad con/sin tratamiento farmacológico” José Antonio López-Villalobos et al. et al. Science direct
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Sou Jeferson Magno Amorim Manini, graduando em Psicologia e apaixonado por neurociência, pesquisa e conhecimento. Minha jornada acadêmica e profissional me levou a explorar profundamente o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), não apenas como um tema de estudo, mas como uma realidade que impacta milhões de pessoas.
Foi dessa paixão que nasceu o TDAH.World, um espaço criado para informar, apoiar e conectar pessoas com TDAH. Meu objetivo é traduzir informações complexas em conteúdos acessíveis, sem perder a profundidade científica, para que mais pessoas possam entender e lidar melhor com os desafios – e também as potencialidades – do TDAH.
Acredito que conhecimento bem aplicado pode transformar vidas, e é isso que me motiva a continuar estudando, escrevendo e compartilhando insights sobre neurociência, saúde mental e desempenho cognitivo. Se você chegou até aqui, espero que encontre neste espaço algo que faça sentido para você!