TDAH: Meninos Usam Mais Remédio?

TDAH: Meninos Usam Mais Remédio?

Uso de metilfenidato (Ritalina/Concerta) para TDAH cresce na França, mas ainda é baixo. Entenda quem usa, por que alguns param e as diferenças, de forma simples.

O TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade) faz parte da vida de muitas crianças, adolescentes e adultos. E um dos tratamentos mais conhecidos e utilizados para ajudar a lidar com os sintomas é o metilfenidatoaquele remédio que muita gente conhece por nomes como Ritalina® ou Concerta®.

Uma ilustração abstrata do cérebro com algumas engrenagens coloridas ou peças de quebra-cabeça se encaixando. Isso representa as funções executivas e como o tratamento pode ajudar a "organizar" as coisas.

Mas será que todo mundo que tem TDAH usa esse remédio? O uso está aumentando? Existem diferenças entre regiões ou idades? Para entender um pouco melhor esse cenário, um grupo de pesquisadores olhou com lupa para o que aconteceu em uma grande região da França, chamada Occitânia, entre os anos de 2013 e 2021. Vamos ver o que eles descobriram, de um jeito fácil de entender?

O Que o Estudo Descobriu na França?

Ícones ou silhuetas estilizadas representando diferentes faixas etárias (criança, adolescente, adulto) e gêneros, talvez com destaque sutil para as proporções mencionadas (mais meninos no início, equilibrando depois).

Os pesquisadores analisaram dados de milhares de pessoas para ver quem estava recebendo receitas de metilfenidato. Olha só os pontos principais:

  • Sim, o Uso Aumentou (Mas Calma!): De 2013 a 2021, o número de pessoas usando metilfenidato na região quase dobrou! Parece muito, né? Mas, mesmo com esse aumento (que foi de mais ou menos 12% ao ano), a quantidade total de gente usando o remédio ainda era considerada baixa se comparada a outros países parecidos, como os Estados Unidos ou o Canadá. Ou seja, estava crescendo, mas partindo de um nível baixo.
  • Quem Mais Usa? Meninos e os Mais Novos (Inicialmente): Assim como vemos em outros lugares, o estudo mostrou que, durante a infância e a adolescência, eram principalmente os meninos que recebiam o diagnóstico e o tratamento com metilfenidato. Mas, uma coisa curiosa: quando olhavam para os adultos, a diferença entre homens e mulheres diminuía bastante, ficando quase igual. Isso pode indicar que talvez as meninas sejam diagnosticadas mais tarde, ou que os sintomas apareçam de forma diferente nelas.
  • O Lugar Onde Você Mora Faz Diferença? Parece que sim. O estudo notou que em áreas mais rurais ou consideradas mais “desfavorecidas” (com menos recursos ou oportunidades), menos pessoas usavam o metilfenidato. Isso pode ter a ver com a dificuldade de encontrar médicos especialistas ou serviços de diagnóstico nessas regiões. Mostra que nem todo mundo tem o mesmo acesso ao tratamento, infelizmente.
  • Uma Curiosidade: A Data de Nascimento Importa? Os pesquisadores notaram algo interessante: crianças que nasciam nos últimos meses do ano (perto das férias de fim de ano, por exemplo) tinham uma chance um pouco maior de serem diagnosticadas e tratadas com metilfenidato. Por que será? Uma ideia é que, por serem os mais novos da turma na escola, a diferença de maturidade em relação aos colegas mais velhos pode ficar mais evidente, levando a mais diagnósticos. É um ponto para a gente pensar sobre como a escola e as comparações podem influenciar.

Por Que Muita Gente Para de Usar o Remédio?

Outro achado importante do estudo foi sobre a descontinuação do tratamento, ou seja, pessoas que começam a tomar o metilfenidato, mas param depois de um tempo.

Isso aconteceu bastante, principalmente com adolescentes e adultos. Entre os adultos que começaram o tratamento, quase metade parou logo no início! Na infância, a tendência a parar era menor.

Mas por que as pessoas param? O estudo não perguntou diretamente a elas, mas levanta algumas possibilidades que fazem sentido:

  • Adolescência: É uma fase de querer mais independência, questionar regras, e pode haver medo de ser “diferente” ou “rotulado” por tomar remédio.
  • Adultos: A rotina de acompanhamento médico pode ser menos intensa que na infância, e alguns adultos podem usar o remédio só em momentos específicos, como quando têm muito trabalho.
  • Pais (no caso de crianças): Alguns pais podem ter receio dos efeitos colaterais, medo do estigma, ou achar que a criança está melhorando e não precisa mais.
  • Sintomas Variáveis: Para algumas pessoas, os sintomas do TDAH e o impacto deles podem mudar ao longo do tempo, e elas podem não sentir a necessidade de tomar o remédio continuamente.

É importante lembrar que a decisão de começar, continuar ou parar um medicamento é muito pessoal e deve ser conversada com o médico.

E a Pandemia de COVID-19, Atrapalhou?

Um grande ponto de interrogação feito de forma suave ou artística, talvez ao lado de um símbolo médico (como uma cruz ou um caduceu estilizado).

Sim, durante o período mais intenso da pandemia, em 2020, houve uma queda nas receitas de metilfenidato. Os pesquisadores imaginam que isso pode ter acontecido porque o acesso aos médicos ficou mais difícil, mas também porque, com as aulas online e mais flexibilidade em casa, talvez as dificuldades de atenção e comportamento tenham sido menos exigidas ou percebidas.

O Que Tudo Isso Nos Diz?

Esse “raio-x” do uso de metilfenidato na França nos ajuda a pensar em algumas coisas importantes sobre o tratamento do TDAH em geral:

  1. Medicação é Uma Ferramenta, Não a Única: O metilfenidato ajuda muita gente, mas nem todo mundo com TDAH usa ou precisa usar. E o uso varia muito de lugar para lugar.
  2. Acesso é Fundamental: As diferenças entre regiões mostram que garantir que todos tenham acesso a bons diagnósticos e tratamentos, não importa onde moram ou qual sua condição social, ainda é um desafio.
  3. Decisões São Complexas: Começar ou parar um tratamento envolve muitos fatores pessoais, familiares e sociais. É essencial ter informação e apoio médico para tomar a melhor decisão para cada caso.
  4. TDAH Muda com o Tempo: As necessidades de tratamento podem mudar da infância para a vida adulta, e o acompanhamento precisa se adaptar a isso.

Lembre-se: o tratamento para o TDAH é como uma caixa de ferramentas. O metilfenidato pode ser uma ferramenta muito útil para algumas pessoas, mas geralmente funciona melhor quando combinado com outras estratégias, como terapia, organização, bons hábitos de sono e, claro, o exercício físico que falamos antes!

Importante: Este texto é baseado em um estudo científico sobre a França e tem caráter informativo. As informações sobre medicamentos e tratamentos devem sempre ser discutidas com profissionais de saúde qualificados (médicos, psicólogos). Não tome decisões sobre seu tratamento ou o de outra pessoa baseado apenas neste texto.

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Autor: Aurélien Velay

Fonte:  Afiliados

Remédio para TDAH (Baseado no Estudo Francês)

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